SERVUM SERVORUM PAPA JOÃO PAULO II.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MINHA MISSÃO É ESTAR A SERVIÇO DAS VOCAÇÕES

"Meu sonho é que cada paróquia de nossa diocese tenha uma Equipe de Animação Vocacional".

Dom Ladislau Biernaski, CM


Sejamos atentos ao pedido de nosso Bispo!



Oração:

JESUS MESTRE, QUE DISSESTES:
"ONDE DOIS OU MAIS ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME, EU AÍ ESTAREI NO MEIO DELES",
FICAI CONOSCO, AQUI REUNIDOS PARA MELHOR MEDITAR E COMUNGAR COM A VOSSA PALAVRA.
SOIS O MESTRE E A VERDADE: ILUMINAI-NOS,
PARA QUE MELHOR COMPREENDAMOS
AS SAGRADAS ESCRITURAS.
SOIS O GUIA E O CAMINHO:
FAZEI-NOS DÓCEIS AO VOSSO SEGUIMENTO.
SOIS A VIDA: TRANSFORMAI NOSSO CORAÇÃO EM TERRA BOA, ONDE A PALAVRA DE DEUS PRODUZA FRUTOS ABUNDANTES DE SANTIDADE E DE VIDA.
AMÉM.

MÊS VOCACIONAL

"DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A SERVIÇO DAS VOCAÇÕES".


EU JÁ DESCOBRI A MINHA VOCAÇÃO E VOCÊ,
JÁ DESCOBRIU A SUA

quinta-feira, 28 de abril de 2011

QUEM PODE PARTICIPAR DA IAM?

9 de janeiro de 2009


Quem pode participar da IAM?


Todas as crianças e adolescentes dos 07 aos 14 anos, que o desejarem, podem pertencer à Infância e Adolescência Missionária. Devem gostar e mostrar interesse para concretizar as finalidades e objetivos desta Obra.
A IAM congrega meninos e meninas nas paróquias, escolas, comunidades para a animação e formação missionárias, vivendo e promovendo a comunhão e a cooperação missionária universal.
Antes dos 7 anos formam uma seção dos pequeninos que vão sendo introduzidos e acompanhados por seus pais conforme sua capacidade de participação. Ao chegar à adolescência, começa uma nova etapa, ingressando na Juventude Missionária.

São condições para participar:
- Ter entusiasmo, generosidade e ser fiel aos compromissos;
- Assistir e participar ativamente nos encontros do grupo, rezando diariamente, cultivando a devoção à Eucaristia, a Nossa Senhora e ao Papa;
- Ser amigo e contribuir mensalmente em favor das crianças nas missões com ofertas materiais, fruto de gestos concretos de solidariedade.

COMO SÃO FORMADOS OS GRUPOS DA IAM?
A IAM forma grupos de crianças e pré-adolescentes integrados por 12 crianças entre os que desejam pertencer à IAM.
Dependendo da realidade paroquial o grupo pode ter menos ou mais crianças, entretanto, é bom que não passe de 20 crianças em um mesmo grupo, pois, fica mais difícil de desenvolver o trabalho! E não é por que em uma paróquia não tenha 12 crianças que não se inicie um grupo da IAM!
O número de 12 é muito simbólico, pois lembra o grupo dos 12 apóstolos, aos quais Jesus confiou a Missão da Evangelização até os confins do mundo.
A estrutura principal da Obra são os grupos, cujos membros tornam-se fermento missionário na família, na escola, na comunidade eclesial e no ambiente em que vivem.
Por outra parte, a IAM não se reduz aos grupos, mas oferece a todas as crianças serviços de animação missionária, par que sejam missionárias, mesmo ao participando de grupos de IAM. Pois, estes grupos não são grupos fechados, mas estão abertos e prontos para ajudar todas as crianças. Seu ideal é partilhar a vida missionariamente.
Nos primeiros meses, o grupo das crianças ou dos adolescentes missionários deverá ser orientado pelo assessor(a), que preparará seus membros para caminharem sozinhos.
Na primeira reunião, após o período de orientação, as crianças ou adolescentes farão a escolha para preencher as funções necessárias ao bom funcionamento do grupo: coordenador(a), vice-coordenador(a), secretário(a), tesoureiro(a), responsável pela oração, encarregados das várias funções. É bom que todos os membros do grupo tenham sua função.
A partir do momento da escolha, o grupo tem vida própria. O assessor(a) continua acompanhando o grupo, preparando os encontros junto com o coordenador ou coordenadora, resolvendo possíveis conflitos ou dúvidas, e garantindo a fidelidade ao carisma da IAM: mas não dirigem o grupo.

Lembrete: A Coordenação têm a duração de um ano, podendo haver reeleição por mais um ano. Caso seja necessário, o coordenador(a) poderá ser mudado em qualquer momento.


Nossa Senhora de Guadalupe - Padroeira do México e América Latina

A devoção a Nossa Senhora no México é embalada por uma belíssima história de aparição. No início do século XVI, o índio recém batizado, Juan Diego, quando se dirigia à capela para assistir à missa, passando pela colina de Tepeyac, ouviu uma suave melodia. Olhando para o lado, viu sobre uma nuvem branca uma linda senhora que resplandecia de luz, tendo ao seu redor um brilhante arco-íris. Surpreso, ouviu-a chamá-lo pelo nome e dizer-lhe que era a verdadeira mãe de Deus. Incumbiu o índio de dizer ao bispo do local, Dom Juan de Zumárraga, que construísse naquele local um templo para sua veneração.
Como era de se esperar, o bispo não deu crédito à história. De volta para casa, onde seu tio estava gravemente enfermo, Juan Diego teve nova aparição da Virgem que lhe garantiu a cura de seu tio.
Seguindo instruções da misteriosa senhora, Dieguito foi ao bosque colher flores, embrulhou-as em seu poncho e foi levá-las à presença do bispo. Era inverno e qual não foi sua surpresa quando o índio, abrindo seu manto, derrama a seus pés flores frescas e perfumadas. Embaixo das flores, bordada no manto do índio, aparece a figura da Virgem de Guadalupe: tez morena, olhos claros e muito límpidos, vestida como as mulheres da Palestina. Emocionado, Dom Zumárraga cai de joelhos diante daquela aparição e, humildemente, acredita no índio. Do México sua devoção foi levada a vários países da Europa e de toda a América Latina. Hoje Nossa Senhora de Guadalupe é também a padroeira da América Latina.
Muitos estudiosos analisaram a pintura original, hoje entronizada no maior santuário mariano do mundo, na colina de Tepeyac. O material e a técnica utilizados na confecção do quadro permanecem um mistério. A curiosidade maior são os olhos da Virgem nos quais, após estudos científicos, foi possível revelar-se a imagem de um homem de 50 anos, Juan Diego, e de um grupo de pessoas em oração. Nossa Senhora de Guadalupe é por isso lembrada para cura de doenças dos olhos.

IAM NO BRASIL

9 de janeiro de 2009


A Infância e Adolescência Missionária no Brasil


Existe a notícia de que um certo Pe. Monteil, da Congregação da Missão (CM), teria introduzido a Obra da Santa Infância no Brasil, em 1850, fato que teria sido documentado no Relatório Geral da Obra Pontifícia da Santa Infância de 1851, em que figuraria a parti­cipação do Brasil, no primeiro ano de funcionamento da Obra no nosso país. No entanto, fontes mais seguras referem o ano de 1858 como data de estabelecimento da Infância e Adolescência Missionária no Brasil.
Em 1887, Mons. João Fernando Tiago Esbérard registrava em um relatório a simpatia com que era vista a Obra e as colaborações que a Santa Infância vinha recebendo, inclusive de membros da família imperial.
Em 1889, a Obra estava em grande ascensão, tendo mandado ao Conselho Superior uma grande quantia em francos-ouro, como resultado da arrecadação anual. No entanto, a partir da Proclamação da República, naquele ano de 1889, e da nomeação do Mons. Esbérard, excelente Diretor Nacional, para Bispo do Rio de Janeiro, em 1894, a Obra entrou em declínio.
Por volta de 1926, resolveu-se não nomear novo Diretor Nacional, e, assim, a Obra Pontifícia da Santa Infância desapareceu do cenário nacional.
No entanto, a Obra continuou em algumas dioceses, graças ao zelo de muitos missionários, como o Pe. Pedro Zingerlé, CM, que foi Diretor Diocesano da Arquidiocese de Fortaleza, CE, por mais de trin­ta anos.
No dia 15 de fevereiro de 1955, a Obra foi oficialmente reerguida no Brasil, por vontade expressa do Papa Pio XII, com a aprovação do Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, na época Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Foi então nomeado Diretor Nacional o Pe. Paulo van de Zant, CSSp (Superior Provincial da Congregação do Espírito Santo - Espiritanos), sendo a Obra governada por uma Assembléia Geral e pela Diretoria Nacional, com­posta pelo Diretor Nacional, um Tesoureiro e três Conselheiros, com sede no Rio de Janeiro, a Capital Federal. Até o ano completo de 1968, o Diretor Nacional ainda era o Pe. Paulo van de Zandt.

NOVOS ESTATUTOS DAS POM
Até 1976, como praticamente em todos os países, havia no Brasil três Direções Nacionais distintas das Pontifícias Obras Missionárias: uma para a Propagação da Fé e São Pedro Apóstolo, com sede em São Paulo; outra para a Santa Infância, com sede no Rio de Janeiro; e outra para a União Missionária, cujo Presidente era o Cardeal do Rio de Janeiro; no entanto, em 1973, foi nomeado Presidente da União Missionária D. José Dalvit, Bispo Auxiliar de Belo Horizonte.
Com os novos estatutos aprovados em 1980, as quatro Obras foram agrupadas em uma única Direção Nacional, com um único Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias. A data oficial de constituição da so­ciedade civil das POM, com sede nacional em São Paulo, foi o dia 20 de novembro de 1978. A Obra Pontifícia da Santa Infância passa a ser dirigida por um Secretário-Geral da Infância Missionária, em Roma, e um Secretário Nacional, dependente do Diretor Nacional das POM.

A HISTÓRIA RECENTE DA IAM NO BRASIL
Em 1978, por orientação da CNBB, a Sede Nacional das POM passou para Brasília, de forma a agilizar uma colaboração mais estreita com a antiga Linha 2, atual Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, da CNBB.
Em 1993, quando se comemoravam os 150 anos da Infância Missionária, em Cali (Colômbia), foi realizado o 1° Encontro Latino-Americano da Infância Missionária, que contou com participação de uma delegação brasileira: 20 adultos e 06 crianças. "Esta celebração jubilar foi o sopro do Espírito Santo que fez novamente arder no Brasil a chama ainda fumegante da antiga Santa Infância", agora Infância e Adolescência Missionária.



1º Encontro Latino-Americano da IM em Cali-Colômbia (12 a16 de julho de 1993)

Nesses últimos 10 anos a Obra tem se desenvolvido com grande vigor e intensidade:
- vão surgindo grupos, cada vez mais numerosos, nas comuni­dades, paróquias, colégios e escolas;
- a atualização da identidade e do carisma vem sendo aprofundada em encontros, congressos, trocas de experiência, escritos e debates;
- a organização vem melhorando, graças ao constante esforço de colaboração com as pastorais da Igreja, com a vivência de outros países, animada pela prioridade reconhecida às crianças e adolescentes na sociedade civil e também pelas organizações supranacionais.

O CARISMA DA IAM NO NOVO MILÊNIO
Por ocasião dos 160 anos da fundação da Obra, o Papa João Paulo II, na citada Mensagem de 06 de janeiro de 2003, fornece os critérios à luz dos quais a Infância Missionária deve orientar-se e avaliar sua caminhada:
- “[A Infância e Adolescência Missionária] propõe às crianças de todas as dioceses do mun­do um programa baseado na ora­ção, no sacrifício e em gestos de solidariedade concreta: assim elas podem tornar-se evangelizadoras de outras crianças.
- Queridas crianças missionárias, sei com que dedicação e generosidade vocês procuram levar adiante esta Obra apostólica. Vocês se esforçam de muitas formas para partilhar o destino das crianças obrigadas a trabalhar antes do tempo e socorrer as mais pobres, em suas necessidades.
- Sejam solidárias com os anseios e as dramáticas situações das crianças envolvidas nas guerras dos adultos, elas que freqüentemente são vítimas da violência bélica.
Rezem todos os dias para que o dom da Fé que vocês receberam seja transmitido a milhões de crianças que ainda não conhecem Jesus.”



QUEM FOI DOM CARLOS?



Quem foi Dom Carlos Forbin Janson?


Carlos Augusto Maria de Forbin Janson, de uma nobre família ao sul da França, nasceu em Paris aos 03 de novembro de 1785. Em 1805, antes de completar 20 anos, foi nomeado auditor do Conselho do Estado. Era um jovem muito competente e talentoso. Poderia aspirar, legitimamente, uma linda e ambiciosa carreira pelo mundo. Mas, sem hesitar, aos 23 anos largou tudo para ingressar no Seminário. Viu-se chamado ao sacerdócio numa época em que a situação da Igreja na França era, particularmente, muito delicada. O imperador francês estava numa luta aberta com o Papa. Foi ordenado sacerdote em 1811.
Carlos de Forbin Janson sempre foi um grande pregar missionário e de retiros. No dia 24 de junho de 1824, aos 39 anos, foi nomeado bispo de Nancy e Primado de Lorena. Este foi o princípio de inúmeras dificuldades, pois teve de abandonar a diocese por questões políticas, em 1830. Em diversas ocasiões e em distintas maneiras manifestou o desejo de permanecer fiel para com a Igreja Católica Romana, colocando-se inúmeras vezes à disposição do Papa.
Possuía grande ardor pela vocação missionária. Em colaboração com o Pe. de Rauzan, do clero diocesano, fundou a Missão da França e percorreu todo o país fazendo pregações missionárias, sempre com muito zelo e talento. Um artigo publicado em Marsella sobre Forbin-Janson afirma: "Zelo apostólico extraordinário, eloqüência nas pregações. Improvisações com muita facilidade e grande domínio da Sagrada Escritura... Homem de puro estilo missionário. Sua dedicação às pessoas durante as missões pela França era imensa. Tanto de dia, como de noite, sempre encontrava-se disposto a servir, desde os mais pobres até os mais afortunados, inclusive diante do rei e da família real. Sua caridade não tinha limites". Como sacerdote e bispo, sempre sentiu-se impulsionado pelos sinais dos seus tempos, inspirado por iniciativas em favor da atividade missionária da Igreja. Vivia uma espiritualidade missionária.
Por motivos políticos não pôde mais residir em Nancy. Tentou viajar para o Oriente (China), mas não conseguiu. Viajou, então, ao Canadá e aos Estados Unidos onde permaneceu pregando o Evangelho. Forbin- anson colaborou com inúmeros bispos da França, Canadá e Estados Unidos em seus trabalhos missionários.
Muito preocupado com as crianças, encontrou-se em Lyon (1843), com Paulina Jaricot (fundadora da Obra de Propagação da Fé) que o apoiou plenamente no seu projeto de ajuda às crianças do mundo inteiro, através do lema: "criança ajuda e evangeliza criança".
O Projeto cresceu e, aos 19 de maio de 1843, a primeira Direção da Obra fixou os seguintes objetivos: salvar as crianças da morte e da miséria; batizá-las e dar-lhes educação cristã; prepará-las para serem apóstolas das crianças: criança ajuda e evangeliza criança. No dia 11 de julho de 1844, um ano após a fundação desta Obra, morre Forbin Janson.
A Obra da Infância Missionária já estava organizada em 65 dioceses da França. Somente esta Obra teve o privilégio de ser fundada por um bispo e isto, em parte, talvez explique seu crescimento e expansão tão rapidamente, num espaço de tempo tão curto. O crescimento continuou não só em países da tradição católica, mas também em nações e territórios de missão. Os primeiros padres nativos de Uganda, ordenados em 1913, foram membros desta Obra, quando crianças.
Hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países.

O QUE É A IAM?



O que é a Infância e Adolescência Missionária?



A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) foi fundada por Dom Carlos Forbin-Janson, Bispo de Nancy, França, em 19 de maio de 1843.
Carlos Forbin Janson sempre se interessou muito pela realidade e evangelização dos povos. Já na adolescência manteve estreita ligação com os missionários da China. Seu desejo era ir à China e ser missionário com os missionários.
Era frequente receber cartas como estas, da qual copia­mos estas passagens:

Encontro-me rodeado, mesmo sem saber como, de uma dezena de crianças, umas de peito, outras de dois, três, quatro anos de idade, algumas cobertas de sarna, outras, de feridas. Os pobrezinhos já não têm o que comer e se cansam de chorar. É preciso conseguir comida para eles, e pagá-la... Enquanto isso, para não morrerem de fome, vejo-me obrigado a preparar-lhes eu mesmo um prato de farinha e açúcar, depois tento arranjar-lhes roupa, medicá-los, lavá-las, dar-lhes um teto, enfim, fazer às vezes de uma mãe... Deus concede-me As forças para sustentar tantas crianças, mas, se u não for ajudado com alguma esmola, morrerei com eles”.
"(...) falando de batizados, refiro-me a adultos. Na realidade, balizamos muitas crianças que são expostas diariamente nas ruas (...). Para nós, uma das primeiras preocupações é mandar todas as manhãs nossos catequistas para todos os arredores da cidade e batizar as crianças que ainda estão vivas. De 20 a 30 mil que são expostas cada ano, nossos catequistas conseguem batizar cerca de três mil".

De posse de informações a respeito do sofrimento de milhares de crianças, o bispo teve a inspiração de convocar as crianças católicas para se organizarem com o objetivo de prestar socorro às crianças nas mais tristes situações.
Como fazer? Dom Carlos conversou com Paulina Jaricot. Ela, quando jovem, tinha dado início à Obra da Propagação da Fé. Ouvindo o plano de Dom Carlos, apoiou a ideia dele, definiu essa iniciativa como "Obra da Propagação da Fé para as crianças". Ela mesma expressou seu desejo de se alistar como primeira associada para a divulgação da Obra.
Era preciso fazer alguma coisa: Dom Carlos Forbin Janson resol­veu convocar as crianças para socorrer as crianças. Propôs às crianças da França que ajudassem outras crianças, recitando uma Ave Maria por dia e doando um dinheiro por mês; assim surgiu a Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Misisonária.
Era, sem dúvida, a primeira vez que na história da Igreja se confiava às crianças um papel missionário específico: salvar as crianças inocentes, para fazer delas pequenos discípulos missionários.
Embora tenha nascido para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus horizontes para o mundo inteiro. O resgate, o batismo, o sustento e a educação das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os objetivos da Infância e Adolescência Misisonária. Um plano ambicioso: prestar todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.
Dom Carlos tinha em mente visitar uma após a outra as nações da Europa, pregando esta nova cruzada de batismo, educação e resgate das crianças chinesas, e, uma vez garantida a Obra, embarcar ele pró­prio para aquele país, onde esperava que Deus lhe desse a graça de misturar seu sangue ao sangue dos outros mártires. Mas, esgotado com tanta atividade, sua saúde não resistiu, enquanto sua Obra se ia difundindo. No dia de sua morte repentina, em 11 de julho de 1844, a Obra da Santa Infância estava estabelecida em 65 dioceses.
Hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países.

Por que Infância?
Porque os protagonistas são as crianças e adolescentes, que se dedicam em favor das crianças do mundo inteiro, independentemente da cultura, raça ou religião. O nome “Infância e Adolescência Missionária” vem de uma devoção existente então na França: a infância do Menino Jesus. Por isto surgiu com o nome de “Santa Infância”.

Por que Missionária?
É missionária porque educa as crianças no crescimento da fé, inserindo-as nas atividades missionárias numa dimensão universal. Pelo compromisso do batismo, vivem concretamente a experiência da partilha da fé e seus bens com todas as crianças do mundo.

Por que é uma Obra Pontifícia?
Porque se diferencia de uma atividade apostólica transitória. Sua organização, a presença em todo o mundo, pelo seu testemunho e eficiência, tendo sido aprovada e assumida pelo Papa (Pio XI) como Obra evangelizadora a serviço de toda a Igreja.

Qual a sua finalidade?
Tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crian­ças". São crianças em favor de outras crianças.
Tomando como exemplo a vida de Jesus e de seus discípu­los, a Infância Missionária tem em Maria, a mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica ação evangelizadora. Inspira-se tam­bém em São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiros das Missões. Ambos viveram ardentemente o carisma missionário universal, doando suas vidas pelo anúncio do Evangelho.

"Pertencer à Infância Missionária, mais que a um simples grupo,é um compromisso muito sério"!
(Clarissa - IAM de Cairu, BA).

DOZE PASSOS

12 passos para implantar a IAM

1. A SEMENTE

Imaginemos uma paróquia, comunidade, colégio ou escola na qual não exista a Infância e Adolescência Missionárias (IAM).

Certo dia aparece um vigário novo, uma irmã, um casal, uma criança ou jovem que ouviu falar ou leu ou tem experiência de vida na IAM. Eles são a sementinha da qual pode surgir a grande árvore desta Obra Missionária.

Toda semente precisa de um tempo de amadurecimento, no qual normalmente fica escondida e sofrida, debaixo da terra. Assim também, quem tem a primeira idéia deverá começar a falar sobre ela com outras pessoas, com os responsáveis da comunidade, com pessoas entrosadas na vida da Igreja local e sensíveis à nova proposta.





2. O TERRENO

De nada adianta ter uma semente, se não possuirmos um terreno onde plantá-la. Tratando-se de Obra Missionária católica, o terreno será a paróquia, a comunidade local, colégios...

O primeiro passo a ser dado para implantar a IAM num lugar é falar com os responsáveis da Igreja local: pároco, líder da comunidade, conselho pastoral... Sem o apoio e a aprovação da liderança da Igreja local, não se deve começar a IAM. No caso de escola ou colégio, é necessária também a aprovação da direção da instituição, e que seja fora do horário de aula.






3. A EQUIPE

A IAM não é obra de uma pessoa. Uma vez colocada a semente e garantido o espaço na Igreja local, é necessário que se forme uma equipe de, pelo menos, três ou quatro pessoas responsáveis, que se disponham a levar em frente este trabalho. Devem ser pessoas com alguma experiência em pastoral, mas não podem estar tão atarefadas, a ponto de não terem tempo para esta nova atividade. Sugerimos que procurem essas pessoas, sobretudo, entre casais e jovens com mais de 15 anos de idade, com uma vida cristã coerente.

Vale a pena procurar pessoas aposentadas, que se identifiquem com o carisma da IAM. Há muitas delas que ficariam felizes, se fossem convidadas para um engajamento. Elas têm várias vantagens: longa experiência no trato com crianças e adolescentes, como pais e avós, professores e professoras, profissionais de saúde e de outras áreas sociais, etc.





4. O PREPARO

Esta “Equipe Fundadora” deverá primeiro estudar a Obra que pretende implantar: história, carisma, diretrizes e orientações, metodologia de trabalho, espiritualidade, objetivos e finalidades.

Tudo isso se consegue lendo os documentos, sobretudo, as Diretrizes e Orientações da IAM (que podem ser encontrados nas Pontifícias Obras Missionárias — POM); visitando grupos e lideranças da IM já experientes; participando de cursos de formação com a orientação do(a) Responsável Diocesano(a) ou Regional da IAM, ou um(a) seu/sua representante.

Esta preparação leva, pelo menos, de dois a três meses.





5. O CONVITE

Quando a Equipe estiver em condições, começará o trabalho de divulgação da Obra. Trata-se de um momento bastante delicado. Queremos formar grupos de missionários, ou seja, de crianças e/ou adolescentes que, supõe-se, possuam conhecimento da fé de acordo com a sua idade. O convite, portanto, deve se estender a todas as crianças e/ou adolescentes da paróquia, da escola ou da comunidade. Campos privilegiados para lançar o chamado são: as famílias engajadas na vida da paróquia ou comunidade, as turmas da catequese e escolas onde existe um bom trabalho de Ensino Religioso Escolar (ERE).






6. A SELEÇÃO

O convite para participar do grupo da Infância ou da Adolescência Missionária não deve ser fruto de uma “campanha publicitária” massiva, como se tratasse de “vender” um produto barato. Pelo contrário, deve apresentar a crianças e adolescentes a seriedade do compromisso que estão assumindo. Oração, sacrifício e solidariedade (S.O.S.), sem limites geográficos, culturais, religiosos, raciais e políticos: estas são as características da IAM. Aderir à IAM significa renunciar ao comodismo, ao consumismo, à alienação diante dos grandes problemas da humanidade.

A Equipe que fizer o convite precisa ser muito clara na sua proposta: disponibilidade para uma reunião semanal com o grupo, tarefas a serem desenvolvidas durante a semana, vida de grupo, participação nas atividades da paróquia e comunidade...






7. O GRUPO

As crianças e adolescentes que aceitarem a proposta deverão ser organizados em grupos de 12 crianças e/ou adolescentes, ou conforme a realidade local, em que cada grupo seja acompanhado por um assessor ou assessora adulta ou jovem a partir de 15 anos. A formação dos grupos pode respeitar os laços de amizade existentes. Evitando correr o risco de grupos fechados e excludentes.

Lembrete: Na formação de grupos, levar em consideração a faixa etária das crianças e adolescentes.





8. A METODOLOGIA

A Infância e Adolescência Missionária têm um método de trabalho e de formação próprio, chamado de Quatro Áreas Integradas. Isto significa que cada tema, cada assunto, é trabalhado em quatro perspectivas diferentes, porém integrados, que interagem:

- realidade missionária;

- espiritualidade missionária;

- compromisso missionário;

- vida de grupo.


É importante acrescentar que a perspectiva, em todos os momentos da vida da IAM, deve ser missionário-além-fronteiras, ou seja, deve alimentar-se e crescer na solidariedade espiritual e material com todos os povos do mundo. Na paróquia, na escola, na comunidade, na vida social... os membros da IAM devem tornar presente o mundo inteiro, com suas alegrias, dores e esperanças.

Esta dimensão, voltada para o outro, deve repercutir na espiritualidade dos membros da IAM: uma espiritualidade “samaritana”, que os aproxima dos caídos à beira do caminho, prestando-lhes socorro, derramando sobre eles o óleo da caridade e o vinho da Palavra, acompanhando sua recuperação, fazendo-se realmente próximos, como Jesus se fez próximo de nós e nos deixou o recado missionário: “Vão e façam a mesma coisa!”.

Neste sentido, a escolha das orações, dos cantos, das leituras bíblicas, dos modelos de vida... tudo deve ser coerente com a opção missionária feita.






9. A ORGANIZAÇÃO

Nos primeiros meses, o grupo das crianças ou dos adolescentes missionários deverá ser orientado pelo Assessor(a), que preparará seus membros para caminharem sozinhos.

Na primeira reunião, após o período de orientação, as crianças ou adolescentes farão a escolha para preencher as funções necessárias ao bom funcionamento do grupo: coordenador(a), vice-coordenador(a), secretário(a), tesoureiro(a), responsável pela oração, encarregados das várias funções. É bom que todos os membros do grupo tenham sua função.

A partir do momento da escolha, o grupo tem vida própria. O assessor(a) continua acompanhando o grupo, preparando os encontros junto com o coordenador ou coordenadora, resolvendo possíveis conflitos ou dúvidas, e garantindo a fidelidade ao carisma da IAM: mas não dirigem o grupo.

Lembrete: A Coordenação têm a duração de um ano, podendo haver reeleição por mais um ano. Caso seja necessário, o coordenador(a) poderá ser mudado em qualquer momento.





10. A FORMAÇÃO DOS COORDENADORES

Crianças e adolescentes não nascem prontos, para dirigir o grupo. Precisam de preparação. Isto será feito pessoalmente pelo assessor(a). Mas também cada ano a paróquia ou um grupo de paróquias organizará um Encontro de Líderes Missionários (ELMI), com o objetivo de capacitar crianças e adolescentes a exercer a função de coordenadores(as) dos diversos grupos.

O ELMI, portanto, não é um encontro de palestras, mas uma oficina de capacitação, na qual deve prevalecer o estudo de dinâmicas de grupos, de técnicas de trabalho que estimulem o protagonismo de cada membro do grupo, que ensinem a respeitar as diferenças, sem renunciar ao trabalho de conjunto.

Para obter bons resultados, os participantes do ELMI não devem superar o número de 25-30 pessoas, e o encontro terá a duração de dois dias, corridos ou em duas datas diferentes, próximas uma da outra.

É aconselhável fazer um ELMI para coordenadores(as) dos grupos de crianças e outro para adolescentes.





11. A FORMAÇÃO PERMANENTE DOS ASSESSORES

Os/As Assessores(as) são a alma da IAM. Deles depende em muito a perseverança das crianças e adolescentes, a fidelidade ao carisma da Obra, o trabalho de conjunto com as pastorais da Igreja local, a abertura aos problemas do mundo e a atenção aos acontecimentos que merecem o engajamento das crianças e adolescentes.

Para isso também os assessores(as) precisam cuidar muito da sua formação permanente. Como programa ideal sugerimos — além do estudo pessoal de livros e revistas missionárias — um EFAIAM (Encontro de Formação para Assessores(as) da IAM) cada ano e encontros periódicos de meio dia para estudo de um tema específico, conforme as necessidades e calendário preparado anualmente com a coordenação paroquial da IAM.

É recomendável — e diríamos, quase necessário — participar dos encontros e cursos de formação para os catequistas, de cursos bíblicos e de outras atividades formadoras oferecidas pela Igreja local. Também sugerimos que nos Encontros de Formação dos Assessores(as) da IAM sejam convidados os catequistas e professores de Ensino Religioso Escolar com quem queremos fazer uma caminhada de conjunto.





12. TRANSBORDAR

A IAM deve estar aberta, para ser multiplicadora do ideal missionário no meio do Povo de Deus. Mesmo tendo como carisma a atenção para o que existe além-fronteiras, não descuida das necessidades locais, com preferência pelas situações missionárias que existem dentro da paróquia e comunidade.

Há categorias de pessoas, situações sociais e humanas que ficam além das fronteiras das pastorais normais ou dos cuidados de seus agentes. A IAM deveria ser a Obra que assume as tarefas que ninguém quer enfrentar, porque perigosas, difíceis, esquecidas.

Por isso os Assessores(as) da IAM precisam ter um relacionamento de aliados com as pessoas, grupos, instituições, mesmo não-eclesiais, que cuidam de crianças e adolescentes em situações de risco ou mesmo já vítimas da sociedade. Devem, portanto, cuidar de colaborar firmemente com o Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho de Saúde, de Educação, da Merenda Escolar, Pastoral da Criança, etc.


Ser missionário(a) significa ignorar os confins, ir além. Este é nosso carisma.

COLABORE COM AS MISSÕES

As vezes me perguntam Pedro, qual foi o motivo
 que te fez participar dessa obra, eu então respondo 
 o amor pela missão universal,
o amor a Cristo e a sua 
IGREJA.
Sabem eu sempre quis ser missionário é a vocação que 
DEUS
, o todo- poderoso me deu,
 sabem senti o chamado de Deus em meu coração;
 eu exerço minha missão na Diocese de São José dos Pinhais, 
como Dom Moacir José Vitti, diz a nossa Diocese caçula,
embora sempre tive o ardente desejo de ser um missionário xaveriano,
mas, sou feliz MUITO FELIZ;
pois, DEUS me tem abençoado muito e me presenteado com suas bençãos.
Me perguntam;
para que serve o cofrinho missionário?
Eu então respondo:
Para ajudar, aqueles que mais precisam, aqueles que estão tão longe e ao mesmo tempo
tão perto dos pequenos missionários,olha agora eu vou desabafar 
 SE NÃO FOSSE A INFÂNCIA MISSIONÁRIA E O COFRINHO NÃO SEI
SE EU SERIA O QUE SOU HOJE UM SEMINARISTA, DIOCESANO COM  ALMA MISSIONÁRIA.
"A MISSÃO É PARA TODOS NÃO SE EXCLUI NINGUÉM, SEJA UM MISSIONÁRIO VOCÊ TAMBÉM"
FELIZ PÁSCOA

Garotada Missionária: Jesus ressuscitou!

Garotada Missionária: Jesus ressuscitou!: "“ O anjo disse: ‘Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar on..."

terça-feira, 12 de abril de 2011

"MISSÃO NA DIOCESE"

NOSSAMISSÃO É COM A EVANGELIZAÇÃO , PARA QUE TODOS , MAS PRINCIPALMENTE AS CRIANÇAS DO MUNDO, TENHAM VIDA EM
ABUNDÂNCIA.
CRIANÇAS EVANGELIZANDO OUTRAS CRIANÇAS
INCENTIVANDO A MISSÃO ALÉM MUNDO
COM A DOAÇÃO DO COFRINHO MISSIONÁRIO ONDE CADA PEQUENO MISSIONÁRIO DÁ DE SUA POBREZA PARA AJUDAR ÀQUELES QUE NADA TÊM, POR ISSO SE VOCÊ TEM UM FILHO OU UMA FILHA
DE 5 À 12 ANOS DE IDADE,
VOCÊ PODE COLOCÁ-LO
NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA DE SUA PARÓQUIA.
E AJUDE-O A SER UM PEQUENO GRANDE MISSIONÁRIO.

DE TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO,
 SEMPRE AMIGOS.

POR PEDRO .  SECRETÁRIO DO COMIDI DA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

"NOTICIAS DE JOÃO PAULO II"




Corpo de João Paulo II será exumado para cerimônia de beatificação




No próximo dia 20 o corpo do Papa João Paulo II vai ser exumado para a beatificação do Pontífice que ocorre no mês seguinte.
O corpo será transferido para a basílica de São Pedro no próximo dia 1º de maio, onde será colocado no altar da confissão e exposto aos fiéis.

De acordo com o vigário do Papa para a diocese de Roma, o cardeal Agostino Vallini, o conjunto de cerimônias vai ser financiado sem recursos de dinheiro público. Um hino de beatificação de João Paulo II, chamado "Abram as portas a Cristo", será apresentado durante a celebração. O Vaticano espera que cerca de 300 mil peregrinos compareçam ao evento.

Kol Józeg Wojtula foi pontífice entre os anos de 1978 até 2005, quando faleceu. João Paulo II, como era conhecido, teve o terceiro maior pontificado documentado da história e foi grande incentivador do Movimento Escoteiro, e fazia diversas visitas a eventos mundiais e europeu da maior organização juvenil do mundo.







Polônia lança moedas para marcar beatificação de João Paulo II

Polônia lança moedas para marcar beatificação de João Paulo II
Moedas de ouro e prata foram lançadas pela Polônia para marcar a beatificação do papa João Paulo 2º, nascido no país.


As mais valiosas são 500 moedas de ouro --que equivalem a 1.000 zlotys cada (R$ 573)-- e mostram, de um lado o emblema da Polônia, e do outro um retrato do papa.


A coleção também inclui moedas de ouro que valem 100 zlotys cada (R$ 57) e 25 zlotys cada (R$ 14), assim como moedas de prata de 20 zloty cada (R$ 11).


Apresentadas nesta quarta-feira, as moedas devem estar disponíveis a partir de abril.


Nascido na Polônia e batizado de Karol Wojtyla, o papa João Paulo 2º morreu em 2005.


Ele foi sucedido por Bento 16, que deve anunciar a beatificação do predecessor em uma missa na praça São Pedro, em Roma, no dia 1º de maio.

  
O papa João Paulo 2º, o polonês que liderou a Igreja Católica Romana por 26 anos e teve um papel vital na queda do comunismo na Europa, morreu na noite deste sábado (02/04/2005), informou o Vaticano. Ele tinha 84 anos.
A notícia da morte foi anunciada para cerca de 60 mil pessoas que acompanhavam os últimos momentos do papa na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano. Houve um longo aplauso - sinal italiano de respeito. Os sinos dobraram e muitas pessoas começaram a chorar abertamente pelo carismático líder dos 1,1 bilhão de católicos do mundo. Segundo o comunicado oficial, o papa morreu às 21h37 (16h37 de Brasília).
Na noite de quinta-feira (31), o papa teve febre alta e pressão baixa. O pontífice vinha se alimentando por uma sonda nasal e sofria de artrite e mal de Parkinson.
A saúde de João Paulo 2º piorou rapidamente a partir deste ano. O papa passou por duas cirurgias em dois meses. Na quarta-feira (30), o Vaticano anunciou que o papa estava se alimentando por meio de um tubo nasal para ajudá-lo a se recuperar de uma recente cirurgia na garganta. Horas antes desse anúncio, o papa, pela segunda vez em quatro dias, tentou mas não conseguiu falar em público, gerando mais boatos sobre a deterioração de seu estado de saúde.
Em 23 de fevereiro, um dia antes de voltar ao hospital, o papa realizou sua audiência por meio de equipamentos de videoconferência, e falou aos peregrinos de seu estúdio particular, por causa do frio e da chuva que caiu em Roma.
No início daquele mesmo mês, o papa havia passado dez dias no hospital Gemelli por sofrer uma inflamação da laringe e da traquéia; ficou internado por dez dias.
O pontificado de João Paulo 2º durou 26 anos - o terceiro mais longo da história. Neste período, proclamou 482 santos, mais do que todos os predecessores nos últimos 500 anos.
João Paulo 2º marcou como poucos o século 20, com atuação importante na derrocada do comunismo no Leste Europeu em 1989, viagens por todo o mundo e um grande esforço para revolucionar as relações com outras religiões - ele foi o primeiro papa a entrar em uma sinagoga (em 1986) e em uma mesquita (2001).
Embora quase todos os mais de 1 bilhão de católicos o elogiem por defender os direitos humanos, o papa recebeu críticas pela oposição aos métodos contraceptivos, ao casamento gay e à ordenação de mulheres.
Sintomas visíveis

Em 2003, a artrite o impossibilitou quase totalmente de se levantar ou de caminhar sem sentir dor. Nem mesmo uma bengala o ajudaria. Técnicos do Vaticano desenharam um trono com rodas que poderia ser elevado para permitir ao papa celebrar missas sentado.
Essa foi uma mudança de grandes proporções para o ex-esquiador que costumava deixar muitos de seus assessores mais jovens esbaforidos.
O papado de João Paulo 2º é o mais público da história e o mundo acompanhou de perto seu envelhecimento. A presença de câmeras de TV em todos os eventos de que o líder religioso participa dá, frequentemente, um destaque ampliado aos problemas de saúde dele.
Nos últimos anos, sua mão esquerda passou a tremer de forma incontrolável. Seu rosto eslavo e corado foi substituído por uma face rígida decorrente do mal de Parkinson e dos remédios que toma para controlá-lo.
O papa deixou o mundo assustado em setembro de 2003, em uma viagem para a Eslováquia, quando pareceu particularmente frágil. Assessores tiveram de ajudá-lo a completar seus pronunciamentos.
No mês seguinte, no aniversário de 25 anos de seu papado, João Paulo 2º parecia extremamente fragilizado. Mas, depois desse período, o líder dos católicos parecia ter recobrado a saúde.
Origem operária

Karol Jozef Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, sul da Polônia. Em setembro de 1939, os nazistas ocupam a Polônia e Wojtyla suspende seus estudos. Durante a Segunda Guerra, é fichado pela Gestapo e participa da resistência contra a Alemanha. Trabalha como operário em pedreiras e, mais tarde, nas indústrias químicas "Solvay". Neste período, une-se a um grupo de teatro e interpreta papéis em peças de conteúdo patriótico.
Wojtyla é ordenado sacerdote em novembro de 1946, aos 26 anos. Em 1963, é nomeado arcebispo da Cracóvia e, em 1967, cardeal - aos 47 anos, o segundo mais jovem da Igreja Católica.
Em 16 de outubro de 1978, converte-se, aos 58 anos, no papa mais jovem do século 20 - foi o primeiro pontífice não-italiano desde a eleição do holandês Adriano 6º, em 1522.
Atentado

Seu pontificado ficou marcado pelo atentado que sofreu na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981, quando o turco Ali Agca efetuou dois tiros contra o religioso.
Outro episódio importante foi a intervenção cirúrgica realizada no Policlínico Gemelli (Roma) em 12 de julho de 1992 para retirar um tumor benigno do cólon.
O estado de saúde de João Paulo 2º voltou a causar preocupações em setembro de 2003, durante uma viagem a Eslováquia na qual mostrou grande fraqueza, dificuldade de respirar e falar e a impossibilidade de andar.
Desde então, suas intervenções públicas ficaram quase reduzidas a breves apresentações, nas quais se destacam seus gestos de dor.  
Agradecimentos

Amigos, faça uma oração em homenagem ao nosso querido Papa, que manteve várias gerações com ele.